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Foi no passado dia 27 de Maio que o grupo “ Cegos por Provas” esteve presente em mais um evento único. Uma prova vertical de Meruge Branco e Meruge Tinto, o evento foi conduzido pela Ivone Ribeiro da Garage Wines, que mais uma vez nos encantou com a sua hospitalidade, e contou com a presença do enólogo Paulo Ruão da empresa Lavradores de Feitoria.
As colheitas em prova foram: Nos brancos 2011,2010 e 2009; Nos tintos 2010,2007 e 2005.
O Meruge branco é feito com a casta Viosinho e foi alvo de experiencias em relação ao tipo de carvalho usado nas barricas (português, francês, russo e húngaro), tendo a opção final recaído no carvalho Português não tostado (cru) com evidentes benefícios no carácter particular deste branco. Trata-se de um vinho com um perfil fresco, com boa acidez, boa fruta, mineralidade e com boa capacidade de guarda.
Já o Meruge tinto é um vinho de terroir proveniente de uma vinha virada a norte, com 80 % de tinta Roriz e 20% de vinhas velhas. É um vinho, ao estilo da Borgonha, de carácter fresco, elegante, macio e suave para o qual contribuiu a pouca extracção na vinificação.
Os vinhos foram pontuados de 0 a 20 e por opção do enólogo foram provados dos mais novos para os mais velhos.
Meruge branco 2011
Nariz floral de tília e camomila, pêssego, a abrir para alguma fruta em passa, leve mineralidade. Na boca, depois de um ataque doce, mostra-se fresco e untuoso, o final é persistente.
Nota: 16.5
Meruge Branco 2010
No nariz mostra-se mais fechado e mineral que o 2011, alguma manteiga e apontamentos fumados. Na boca mostra-se fresco, untuoso, com a madeira bem integrada e com a acidez no ponto.
Nota: 17
Meruge Branco 2009
No nariz abunda a fruta tropical, algo cítrico, notas de flor de laranjeira. Na boca é untuoso com apontamentos de levedura. Mineralidade impecável. Um grande branco.
Nota: 17.5
A prova dos brancos decorreu pela ordem apresentada. No nariz é curioso a diminuição da fruta no 2010 em relação ao 2011 para logo depois voltar a aparecer em força no 2009. Este facto pode dever-se ao desaparecimento do carácter amadeirado (que apesar de ligeiro está presente) ao longo da guarda em garrafa, o que faz reaparecer toda a fruta em abundância.
Meruge Tinto 2010
No nariz: Fruta macerada, violetas, notas de cacau e baunilha. Boca com taninos firmes, algum vegetal, madeira bem presente, acidez marcante o que o torna gastronómico, final longo e persistente.
Nota: 17.5
Meruge Tinto 2007
Mais oxidado que o anterior com evidentes aromas de couro e fruta preta macerada. Na boca mostra potencia, alguma resina, taninos afinados. Sente-se um “pico de boca” provavelmente provocado pela fermentação malolática .
Nota: 16.5
Meruge Tinto 2005
Vermelho bonito com reflexos acastanhados; No nariz mostra-se complexo, com fruta macerada, musgo, cogumelo, um pouco vegetal. Na boca é fabuloso, fresco e elegante com taninos aveludados e um longo fim de boca. Guardaria este 2005 para beber, com grande prazer, numa conversa de sofá entre amigos pois não precisa de comida para agradar.
Nota:18
PROVA VERTICAL QUINTA DO ATAIDE
Localizada no douro superior e pertença da família Symington, a Quinta do Ataíde constitui uma das maiores plantações de Touriga Nacional do país.
Com uma vinha plantada desde o inicio da década de 80 esta quinta produz as uvas para o vinho Altano Reserva desde 2009, ano em que o Altano Reserva, até aí produzido a partir das uvas de várias quintas, se passaria a chamar Altano Reserva “Quinta do Ataíde” ganhando desta forma um carácter monovarietal composto essencialmente por Touriga nacional.
Foi com enorme prazer que a equipa “cegos por provas” esteve presente no passado dia 23 de Maio em mais uma iniciativa promovida pela viniportugal intitulada prova vertical Quinta do Ataíde e que contou com a presença do enólogo Pedro Correia.
Os vinhos que estiveram em prova foram:
A pontuação foi atribuída numa escala de 0 a 20
Altano reserva 2005
O ano de 2005 caracterizou-se por ser um ano seco, inverno frio, pouca chuva e um verão quente. Foi um ano de pouca produção
Castas: 75% Touriga Franca, 25% Touriga nacional
Cor atijolada. Nariz de fruta preta compotada, terra húmida, turfa, musgo, resinoso. O aroma, a precisar de tempo para se mostrar, abre e evolui para fruta passa. Taninos afinados, corpo mediano e final médio longo, uma surpresa.
Nota: 17
Altano reserva 2007
Vindima quente e seca. Foi a vindima mais seca desde 1985. Ano com boas maturações.
Casta: 55% Touriga Franca, 45% Touriga nacional
De cor vermelho vivo com reflexos castanhos, apresenta um nariz de cera preta, ameixa, resina, pimenta preta, noz-moscada. Ataque na boca doce, complexo com algum vegetal, cheio, taninos afinados, final marcante e persistente.
Nota: 17
Altano reserva 2008
Ano seco e fresco, ano de extremos com atrasos no desenvolvimento da videira. Vindima sem chuva. Uvas colhidas mais tarde.
Castas: 60% Touriga Franca, 40% Touriga Nacional
Nariz de fruta preta, algo floral (violeta, rosas) pimenta branca, boca com taninos vivos, ataque na boca doce, corpo médio e final persistente, final de noz.
Nota:16
Altano quinta do Ataíde reserva 2009
2009 Caracterizou-se por um Agosto quente, baixa produção, desequilíbrios na maturação
Castas: Touriga Nacional
Nariz Floral, esteva, violeta, cereja, boca fresca e equilibrada, termina um pouco curto e incompleto.
Nota: 16
Altano quinta do Ataíde reserva 2010
Casta: Touriga Nacional
Ainda um pouco fechado, nariz floral, boca estruturada com taninos afinados, algum vegetal, espargos, pimenta branca. Final médio longo.
Nota: 16.5
Altano quinta do Ataíde reserva 2011
Inverno frio e chuvoso verão ameno, chuva antes da vindima o que permitiu reequilibrar a videira
Castas: Touriga Nacional
Muita fruta preta, floral, esteva, cacau, tinta-da-china, concentrado, intenso. Explosão de fruta na boca especiado. Tudo indica que será um grande Tinto. Engarrafado em Fevereiro de 2013 será colocado no mercado em final de 2014.
Nota: 18
Altano Touriga Nacional 2011
Feito a partir da melhor parcela de Touriga Nacional.
Nariz vegetal, floral, notas mentoladas. Curto mas elegante na boca. Um tinto do douro diferente feito talvez a pensar em ser bebido a solo numa conversa de amigos ou a acompanhar pratos ligeiros. Ainda não está previsto o seu lançamento.
Nota: 16.5
Herdade Monte Da Ribeira
A HMR conta com António Nora como Director Comercial ficando a parte técnica entregue a Luís Duarte (enólogo consultor) e Nuno Elias (enólogo residente). Adquirida em 1987 pela Companhia Agrícola de Desenvolvimento SA (CADE), a Herdade Monte da Ribeira (HMR) situa-se em Terras de Marmelar, concelho da Vidigueira e dedica-se como principal actividade à produção de vinho desde 1990.
A convite da VINOTECA a equipa dos “Cegos por Provas” deslocou-se ao espaço para uma prova conduzida pelo Brand Manager da marca, Peter Diamond.
Os vinhos provados foram:
Os vinhos foram pontuados numa escala de 0 a 20
Pousio 2013 Rosé
Castas: Alfrocheiro, Aragonês e Syrah;
Nariz: pouco aromático com fruta vermelha delicada;
Boca: boca frutada com referencias a morango e framboesa, final fresco e suave; um rosé fácil e correcto;
Nota: 14.5
Pousio 2013 Branco
Castas: Antão Vaz, Roupeiro e Verdelho;
Nariz: cítrico, algum melão;
Boca: fresco com algum salitre que o torna particular, acidez mediana e final curto;
Nota: 15
Quatro Caminhos Antão Vaz & Arinto 2013
Castas: Antão Vaz e Arinto;
Nariz: fruta de polpa branca, maçã, alguma baunilha;
Boca: boca média, equilibrada e agradável;
Nota: 15.5
Pousio 2012 Tinto
Castas: Syrah, Trincadeira e Aragonês;
Nariz: fruta preta;
Boca: cereja, magro de boca, curto mas correcto; um tinto para o dia-a-dia;
Nota: 15
Quatro Caminhos 2011 Tinto
Castas: Alicante Bouchet, Cabernet Sauvignon e Touriga nacional;
Nariz: algo floral, com fruta preta a dominar, algum pimento;
Boca: ataque doce, boca mediana e especiada, com taninos vivos, algum sal; final com alguma persistência;
Nota: 15.5
Quatro Caminhos reserva 2011 Tinto
Castas: Syrah, Alicante Bouchet e Touriga Nacional;
Nariz: aroma ainda algo fechado com domínio da fruta preta, especiarias e algo complexo;
Boca: ataque doce a mostrar potência boca abaunilhada com algum cacau; encorpado e final persistente;
Nota: 17
No passado dia 5 de abril, os "Cegos" estiveram na sala premium da Porto Wine Market 2004 que decorreu no 19º piso do Porto Palace Hotel Congrees & Spa.
Os "Cegos" presentes nesta prova tiveram dificuldades em pontuar os diferentes Vinhos do Porto devido à grande qualidade evidenciada.
Os vinhos à prova foram os seguintes:
TINTOS E BRANCOS
1. Quinta dos Carvalhais Branco Especial Dão
2. Poças Símbolo 2007 (DOC) Douro
3. Quinta Vale D. Maria 2006 (DOC) Douro
4. Quinta Vale D. Maria 2008 (DOC) Douro
5. Duorum O Leucura (Cota 200) 2008 Douro
6. Duorum O Leucura (Cota 400) 2008 Douro
7. Cortes de Cima Incógnito 2011 Sneak Preview Alentejo
8. João Portugal Ramos Estremus 2011 Alentejo
VINHOS DO PORTO
9. Niepoort Colheita 1900 Vinho do Porto
10. Niepoort Vintage 1942 Vinho do Porto
11. Kopke Colheita 1957 Vinho do Porto
12. Kopke Colheita 1964 Vinho do Porto
13. Poças Colheita 1964 Vinho do Porto
14. Quinta do Noval Nacional 1964 Vinho do Porto
15. Quinta do Noval Colheita 1968 Vinho do Porto
16. Quinta do Noval Colheita 1971 Vinho do Porto
17. Graham's Colheita 1969 Vinho do Porto
18. Barros Edição Especial Colheita 1974 Vinho do Porto
19. Quinta do Portal Colheita 1994 - Edição XX Aniversário Vinho do Porto
20. Graham's Vintage 1970 Vinho do Porto
21. Ramos Pinto Vintage 1983 Vinho do Porto
22. Ramos Pinto Tawny 30 Anos Vinho do Porto
23. Burmester Tawny 30 Anos White Vinho do Porto
24. Burmester Tordiz 40 Years Old Tawny
1. QUINTA DOS CARVALHAIS BRANCO ESPECIAL DÃO (sem data)
Nariz: Adocicado, evoluído, a lembrar um colheita tardia.
Ataque: Macio, polido e acidez.
Boca: Mineral, sílex, acidez. Fim de boca muito longo. Um grande branco.
Fim de boca: Acidez
Nota: 17,5
2. POÇAS SÍMBOLO 2007 DOURO
Nariz: Muito evoluído, frescura, carne.
Ataque: Redondo e macio.
Boca: Estruturado, carne ainda com taninos.
Fim de boca: Taninoso, ainda com vida pela frente.
Nota: 18
3. QUINTA VALE D. MARIA 2006 DOURO
Cor: Tons de laranja.
Nariz: Evoluído, vegetal, pimentos, fresco.
Ataque: Macio e redondo.
Boca: Frescura, fruta vermelha, complexo e estruturado.
Fim de boca: Acidez
Nota: 18,5
4. QUINTA VALE D. MARIA 2008 DOURO
Nariz: Frutado, esteva e frescura.
Ataque: Macio.
Boca: Fresco, fruta vermelha, taninoso, muito complexo e estruturado. Ainda vai evoluir em garrafa.
Fim de boca: Muito comprido.
Nota: 18
5. DUORUM O LEUCURA (COTA 200) 2008 DOURO
Nariz: Fresco, fruta preta, pimenta, complexo e profundo.
Ataque: Redondo com arestas para limar.
Boca: Muito fechado mas a mostrar alguma fruta. Muito jovem.
Fim de boca: Taninosa, a precisar de garrafa.
Nota: 17,5
6. DUORUM O LEUCURA (COTA 400) 2008 DOURO
Nariz: Fresco, pimenta branca, vegetal, fruta fresca e vermelha.
Ataque: Macio.
Boca: Fruta vermelha, muito complexo, jovem, guloso e muito gastronómico. (Mais fresco e gastronómico do que o cota 200).
Fim de boca: Taninosa, a precisar de garrafa.
Nota: 17,5
7. CORTES DE CIMA INCÓGNITO 2011 SNEAK PREVIEW ALENTEJO
Nariz: Fruta vermelha, cereja preta, pimenta. Frescura.
Ataque: Ácido.
Boca: Potência e complexidade. Muito jovem, baunilha, fruta vermelha, cerejas. A madeira ainda bem marcada.
Fim de boca: Taninoso.
Nota: 17,5
8. JOÃO PORTUGAL RAMOS ESTREMUS 2011 ALENTEJO
Nariz: Vegetal e frescura.
Ataque: Ácido
Boca: Muito jovem e fechado.
Fim de boca: Taninoso, a precisar de garrafa.
Nota: 17,5
9. NIEPOORT COLHEITA 1900 VINHO DO PORTO
Nariz: Vinagrinho.
Ataque: Macio.
Boca: Fresco e ácido. Indescritível, um vinho surpreendente.
Nota: 19,5
10. NIEPOORT VINTAGE 1942 VINHO DO PORTO
Nariz: Fresco, seco e evoluído.
Ataque: Macio.
Boca: Acidez, frutos secos, mentol, complexidade.
Fim de boca: Acidez
Nota: 19
11. KOPKE COLHEITA 1957 VINHO DO PORTO
Nariz: Melaço, acidez e frescura.
Ataque: Acidez.
Boca: Acidez e frutos secos.
Fim de boca: Acidez
Nota: 19,5
12. KOPKE COLHEITA 1964 VINHO DO PORTO
Nariz: Melaço e Vinagrinho.
Ataque: Macio e acidez.
Boca: Acidez, frescura, melaço e frutos secos.
Fim de boca: Acidez
Nota: 19,5
POÇAS COLHEITA 1964 VINHO DO PORTO
Nariz: Vinagrinho.
Ataque: Macio.
Boca: Acidez, leve e fresco. Melaço e frutos secos. Vinagrinho.
Fim de boca: Acidez
Nota: 19,5
QUINTA DO NOVAL NACIONAL 1964 VINHO DO PORTO
Nariz: Tinta, alcaçuz, madeira exótica e fresco.
Ataque: Redondo.
Boca: Alcaçuz, grande complexidade. Seco e Ácido. Vinho surpreendente pela diferença e complexidade.
Fim de boca: Austero e seco.
Nota: 19,5
QUINTA DO NOVAL COLHEITA 1968 VINHO DO PORTO
Nariz: Vinagrinho, melaço e brioche.
Ataque: Acidez.
Boca: Acidez e vinagrinho.
Fim de boca: Interminável.
Nota: 20
16. QUINTA DO NOVAL COLHEITA 1971 VINHO DO PORTO
Nariz: Acidez, vinagrinho, melaço, frescura.
Ataque: Acidez.
Boca: Acidez e frescura. Melaço, rebuçado, concentrado e complexo.
Fim de boca: Interminável.
Nota: 19,5
17. GRAHAM'S COLHEITA 1969 VINHO DO PORTO
Nariz: Exuberante. Vinagrinho e frutos secos.
Ataque: Macio e redondo.
Boca: Acidez e frescura. Frutos secos, untuoso, complexo e seco.
Fim de boca: Interminável.
Nota: 20
18. BARROS EDIÇÃO ESPECIAL COLHEITA 1974 VINHO DO PORTO
Nariz: Fresco, frutos secos e melaço.
Ataque: Macio.
Boca: Acidez e frescura. Frutos secos, melaço e bolo inglês.
Fim de boca: Interminável. Acidez, frescura e complexidade.
Nota: 19
19. QUINTA DO PORTAL COLHEITA 1994 - EDIÇÃO XX ANIVERSÁRIO VINHO DO PORTO
Nariz: Fresco, frutos secos.
Ataque: Macio.
Boca: Untuoso. Acidez e frescura. Frutos secos, melaço e bolo inglês.
Fim de boca: Acidez.
Nota: 19,5
20. Graham's Vintage 1970 Vinho do Porto
Nariz: Fresco, frutos secos.
Ataque: Macio.
Boca: Seco. Frutos secos e menta.
Fim de boca: Acidez.
Nota: 18
21. RAMOS PINTO VINTAGE 1983 VINHO DO PORTO
Nariz: Fresco. Frutos secos e confeitaria.
Ataque: Redondo.
Boca: Fresco, Ácido. Fruta fresca. Estruturado.
Fim de boca: Muito longo.
Nota: 18
22. RAMOS PINTO TAWNY 30 ANOS VINHO DO PORTO
Nariz: Fresco. Frutos secos.
Ataque: Acidez.
Boca: Seco. Avelãs, melaço.
Fim de boca: Muito longo.
Nota: 19
23. BURMESTER TAWNY 30 ANOS WHITE VINHO DO PORTO
Nariz: Fresco. Melaço e caramelo.
Ataque: Acidez.
Boca: Seco. Mel e melaço. Muito guloso.
Fim de boca: Acidez.
Nota: 19
24. BURMESTER TORDIZ 40 YEARS OLD TAWNY
Nariz: Melaço e Frutos secos.
Ataque: Macio e redondo.
Boca: Fresco e ácido. Frutos secos, doce e melaço. Muito complexo e estruturado.
Fim de boca: Complexo e interminável.
Nota: 19
Quinta da Romaneira
Situada na zona do Roncão e após anos de esquecimento, a Quinta da Romaneira foi adquirida em 2004 por um grupo de investidores franceses e ingleses. A aquisição foi apadrinhada pela AXA, proprietária da Quinta do Noval, ficando sob a direcção de Christian Seely e a enologia entregue a António Agrelos (a mesma equipa da Quinta do Noval).
Quase 10 anos depois de ter sido retirada do esquecimento foi novamente vendida a um investidor brasileiro, tendo-se mantido a reconhecida dupla composta por Christian Seely (director geral) e António Agrelos (director técnico).
Tida como uma das 4 maiores quintas do douro, a Quinta da Romaneira encontra-se localizada num lugar de extrema beleza, banhada em quase toda a sua extensão pelo rio Douro. Orientada a sul e de solo xistoso, a propriedade imprime aos seus vinhos um carácter único como podemos comprovar na prova realizada no espaço Vinoteca localizado na Rua Mouzinho da Silveira no Porto.
A prova foi dirigida pelo Nuno Santos da Quinta Da Romaneira que nos apresentou 10 vinhos em prova: 3 brancos, 2 rosés, 3 tintos e 2 portos.
Os vinhos foram pontuados de 0 a 20.
Quinta da Romaneira Branco 2012:
Castas: Malvasia fina (60%) / Gouveio (40%)
Nariz: Manteiga, ananás, notas de cedro e alguma maça verde, algo mineral.
Boca: Harmonioso e estruturado com boa acidez. Pode beneficiar com algum tempo em garrafa.
Preço: 12.5€
Nota: 15.5
Quinta da Romaneira Verdelho 2013:
Castas: Verdelho (100%)
Nariz: Mineral (sílex), maça verde e lima
Boca: correcto, agradável, um pouco magro. Sem grandes aspirações
Preço: 12.5€
Nota: 15
Sino da Romaneira branco 2013:
Nariz: Aroma exuberante, frutos tropicais, a manteiga a marcar mais uma vez.
Boca: Acidez no ponto. Um branco que enche a boca, guloso e muito gastronómico. Um branco consensual.
Preço: 10€
Nota: 16
Quinta da romaneira rosé 2013:
Castas: Tinta Roriz (80%) /Touriga Franca (20%)
Nariz: Fruta vermelha fresca com fartura
Boca: Ataque de boca doce, um pouco selvagem ainda, com a fruta bem marcada e arestas aguçadas. A precisar de acalmar em garrafa. Esta amostra ainda não estava rotulada (cask sample)
Preço: 10€
Nota: 15
Quinta da romaneira rosé 2012:
Castas: Tinta Roriz (80%) /Touriga Franca (20%)
Nariz: Fruta vermelha, bagas e morangos. Aqui a fruta está mais evoluída que o de 2013
Boca: Ataque doce, final correcto, agradável e com alguma persistência
Preço: 10€
Nota: 15.5
Quinta da romaneira 2008:
Castas: Touriga Nacional (60%) /Touriga Franca (40%)
Nariz: Fruta vermelha madura quase compotada, a fazer lembrar um LBV
Boca: Madeira bem casada, taninos frescos e equilibrados. Carácter vincado
Preço: 20€
Nota: 16.5
Quinta da romaneira Syrah 2011:
Castas: Syrah (100%)
Nariz: Uma festa de frutos vermelhos, carregado, canela, pimentos verdes, especiado com leves notas de iodo
Boca: Bem equilibrado, delicado, aveludado, muito bem feito para beber já com grande prazer.
Preço: 20€
Nota: 17.5
Quinta da romaneira Petit Verdot 2011:
Castas: Petit Verdot (100%)
Nariz: Frutos silvestres (mirtilos e amoras), com um toque vegetal, coentros e especiarias.
Boca: Ataque doce, complexo. Um grande Tinto a pedir cave mas a proporcionar desde já um grande prazer
Preço: 20€
Nota: 17.5
Quinta da Romaneira LBV 2007 (unfiltered):
Castas: Touriga Nacional (40%) /Touriga Francesa (30%) /Tinta Roriz (20%) /Tinto Cão (10%)
Nariz: Marmelada, geleia, frutos vermelhos com sugestões florais.
Boca: Boa acidez, final persistente com taninos a morder a boca. Para guardar algumas garrafas
Preço: 15€
Nota: 16
Quinta da Romaneira Porto 10 anos:
Castas: Touriga Nacional /Touriga Franca /Tinta Roriz/Tinta Barroca
Nariz: De aroma denso onde predomina a fruta compotada, as nozes e as Avelas.
Boca: Não fosse a indicação da idade poderia dizer que estávamos diante de um porto com alguma juventude. É um 10 anos de fácil abordagem com muita fruta fresca, de final prolongado e apara consumo a solo
Preço: 20€
Nota: 15.5
No passado dia 23 de março, os “Cegos” estiveram na sala de provas da Vinhos de Portugal (Porto). Os vinhos à prova foram os da Quinta Nova da Senhora do Carmo, situada junto do Rio Douro perto da localidade de Ferrão.
A condução da prova esteve a cargo do enólogo Jorge Alves.
Os vinhos provados foram Pomares Branco 2013, Pomares – Moscatel- 2013, Grainha Reserva Branco 2012, Quinta Nova Tinto 2011, Quinta Nova Reserva Tinto 2011 e Quinta Nova Grande Reserva Tinto 2011.
Pomares Branco 2013
Castas: Gouveio.
Nariz: Fruta tropical, pera, limão e sal.
Boca: Ataque ácido e fresco. Sedoso, estruturado e untuoso. Fim de boca médio.
Nota: 16
Pomares Branco 2013
Castas: Viosinho, Gouveio e Rabigato.
Nariz: Ananás maduro, fresco e exuberante.
Boca: Ataque ácido e fresco. Ananás.
Nota: 15
Grainha Reserva Branco 2012
Castas: Viosinho, Gouveio e Rabigato em que cerca de 80% do mosto foi fermentado e estagiou em barricas novas e usadas de carvalho francês e húngaro, sofrendo “batonnage” durante 6 meses.
Nariz: Compota, baunilha e laranja.
Boca: Ataque ácido e fresco. Mineral, untuoso, boa acidez e com a madeira bem integrada. Final longo.
Nota: 16
Pomares Branco 2013
Castas: Moscatel
Nariz: Toranja e laranja, leve adocicado.
Boca: Ataque doce. Notas de laranja e flores. Final doce.
Nota: 14,5
Quinta Nova Colheita 2011 Colheita
Nariz: Caramelo, chocolate, ameixas e rosas. Fresco.
Boca: Fruta vermelha, jovem e elegante mas com taninos para domar. Fresco e boa acidez.
Nota: 16
Quinta Nova Reserva 2011
Nariz: Rosas, fruta vermelha, especiarias, madeira bem integrada.
Boca: Fruta vermelha, taninoso. Longo e complexo.
Nota: 16,5
Quinta Nova Grande Reserva 2011
Nariz: Químico, cerejas pretas. Fresco.
Boca: Fruta preta, concentrado e estruturado. Ainda muito jovem e taninoso. Muito longo e complexo.
Nota: 17
Antes de mais uma declaração de interesses:
- Sou amigo pessoal do Paulo Cerdeira Rodrigues, produtor engarrafador na Quinta do Regueiro em Melgaço, conheço todos os seus vinhos e vi nascer alguns deles.
A Quinta do Regueiro está sediada na freguesia de Alvaredo em Melgaço e dispõe de 6 hectares de vinhas próprias onde produz exclusivamente uvas da casta alvarinho.
Todos os anos a qualidade dos vinhos da Quinta do Regueiro é reconhecida internacionalmente através de inúmeros premios obtidos, tendo inclusive ganho o premio para o melhor alvarinho ibérico em 2005.
Quinta do Regueiro Reserva 2013
Castas: Alvarinho
No copo: vinho de cor citrina, com algum brilho!
Nariz: Aromas frutados, com sugestões florais a lembrar flor de laranjeira
Boca: Fresco, fruta sempre presente, persistente, com uma boa acidez, mas sem ferir, termina longo.
Ideal para mariscos e umas paellas.
Quinta do Regueiro Blend
Este alvarinho nasce do sonho do Paulo Cerdeira Rodrigues em reunir numa garrafa alguns das suas melhores colheitas.
Neste blend temos presentes os anos de 2007,2008,2009 e 2010. O vinho estagiou em inox e saiu para o mercado quando o produtor o sentiu pronto.
Castas: Alvarinho
No copo: vinho de cor dourada
Nariz: Aromas a citrinos, sugestões de lima, limão com alguma fruta a espreitar.
Boca: Intenso, encorpado, fresco, com uma acidez quase perfeita.
Espumante Quinta do Regueiro
Castas: Alvarinho
No copo: Apresenta uma cor limpida com uma bolha fina com alguma persistencia
Nariz: Floral. sugestões de flor de laranjeira. citrico!
Boca: Tropical, a lembrar algum ananás!
Quinta do Regueiro III Terroir
Foi provado em estreia pelos “cegos por provas”.
No copo: apresenta uma cor límpida, citrina e brilhante.
Nariz: A casta alvarinho predomina, tendo todos os aromas típicos da casta.
Boca: Curiosamente depois de termos um “nariz” a prometer Alvarinho, temos uma boca típica do Douro. Um vinho com corpo, com estrutura, termina fresco e longo.
Um vinho a guardar, vai crecer muito em garrafa.
Quinta do Regueiro II Terroir
Este vinho nasceu da visão irreverente que Paulo Cerdeira Rodrigues e Gil Elisio Regueiro têm do mundo dos vinhos, ambos gostam do Douro, ambos gostam do Minho, porque não juntar o melhor dos dois mundos?
E assim nasceu o II Terroir.
No copo: cor citrina
Nariz: intenso, floral sem ser cansativo, algumas notas tropicais
Boca: Fresco! Acidez correcta. Termina com frescura e muita elegância. Um vinho merecedor de grandes momentos.
Quinta do Regueiro Alvarinho Trajadura 2013
No copo: límpido
Nariz: Alvarinho a predominar embora por vezes se note uma sugestão a laranja
Na boca: Um vinho fresco e correcto! Ideal para a esplanada e para o marisco
Quinta do Regueiro Reserva Alvarinho 2011
Quinta do Regueiro Reserva Alvarinho 2011
O produtor decidiu surpreender os presentes com uma Double Magnum .
No copo: o vinho apresentou uma cor dourada e límpida
Nariz: Aromas a fruta, o floral mais contido.
Na Boca: Acidez bem presente, notas de fruta mais madura. Final longo fresco e persistente.
RC
Os Cegos por Provas vão estar juntos no proximo dia 27 de Março, para provarem os vinhos da Quinta de São José.
A Quinta de São José é dirigida por João Brito e Cunha, herdeiro da centenária sabedoria de Dona Antónia Adelaide Ferreira.
Vão estar à prova os seguintes vinhos:
Somos um grupo de amigos que faz provas de vinhos há já bastante tempo. Decidimos juntar esforços e partilhar opiniões neste espaço, para podermos escrever acerca desta paixão que nos une: o vinho.
A nossa preferência vai para as provas cegas, daí o nosso nome, pois é desta maneira que sabemos ser mais justa a nossa avaliação. Sempre que for possível, realizá-las-emos.
Propomo-nos transpôr para aqui a opinião que vamos tendo de prova em prova. Vamos pontuar cada vinho numa escala de 0 a 10 (com meios pontos) e escrever um pequeno texto que resuma as notas de prova. Tentaremos ser o mais calibrados possível, mantendo a nossa opinião isenta de influências. Será, estamos certos, uma tarefa árdua e estaremos, sempre, receptivos a qualquer opinião diferente.
Contaremos com a boa vontade de alguns produtores e enólogos, que nos darão breves entrevistas.
Faremos provas regularmente em garrafeiras e em quintas.
Esperamos que gostem.
Até breve.
Muito Obrigada, aos cegos, por esta informação.
Eu ao Blend dou 17.
Muito bem! Parece-me uma excelente ideia! Digam pr...
TOP !!!
Ainda bem que os Cegos já são vistos.